A minha irmã de sete anos faz birras quando não compreende alguma coisa. Amua, fecha a porta com força, cruza os braços e fica imóvel, como que esperando a chegada de uma resposta.
Eu tenho um problema parecido; se há coisa que me atormenta, mais do que o desconhecido, é o incompreensível, o inexplicável. E, assim, também eu me largo à imobilidade, mas já nada espero porque sei que a existência das coisas que nos transcendem é mais verdadeira que qualquer birra que eu faça.
No entanto, escrevo. Vou batendo nas teclas a tentar acompanhar o ritmo alucinante do pensamento - mas o pensamento ganha sempre. Será a falta de palavras exactas?
O problema não é faltarem palavras. O problema é saber por onde começar.
A tua irmã é que tem razão! E tu provavelmente também.
ResponderEliminarquem escreve padece desse percalço e assim sempre será.
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