3 de abril de 2012
Desespero pela simplicidade #2
É uma coisa universal, essa de querer viver num passado que não é nosso, como se nos tivessem roubado o brinquedo que sempre nos pertenceu. Recriar esse refúgio é um esforço inglório: somos todos filhos do tempo em que crescemos, dessa puta que é a contemporaneidade. E na verdade, só há vontade de escapar ao que já se tem. A minha geração já viu provavelmente mais mundo que qualquer outra e, ainda assim, não saciou aquela eterna sensação de inquietação ("sempre uma inquietação..."), de só estar bem onde não está. Já sabemos que não é defeito, é feitio - e quem é que vai fazer disso um dardo tranquilizador? Também ninguém nos mandou viver na pista sem sabermos ser cavalos de corrida.
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