tag:blogger.com,1999:blog-72868911153473271102024-03-13T00:47:45.946-07:00Improvisos ImprevistosDébora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.comBlogger29125tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-840066597129668002014-01-23T08:11:00.000-08:002014-01-23T08:11:08.552-08:00The Heimlich ManeuverBebeu um chá para ver se a vida descia melhor.<br />
Engasgou-se.<br />
O que cuspiu, ninguém sabe.Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-30858224312329054952013-02-07T04:09:00.000-08:002013-02-07T04:11:39.575-08:00Adágio<div style="text-align: justify;">
Todos nos lembramos do momento em que dissemos <i>mãe, não andes tão depressa</i>. Quando as mãos são demasiado pequenas para agarrar a pressa que é ser adulto. Quando as pedras da calçada são demasiado grandes para caberem todas debaixo dos nossos pés. </div>
<div style="text-align: justify;">
Todos nos lembramos do momento em que a situação se reverte. Quando nos dizem <i>não andes tão depressa</i>. Quando chegar é que importa e o resto são trocos. Quando a meta é nossa e de mais ninguém. Quando o corredor é só nosso. Quando não queremos que ninguém nos veja tropeçar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Três quartos de ano e o funeral do meu pai depois, voltei a dar a mão à minha mãe. E fui pequenina outra vez: <i>mãe, não andes tão depressa. Mãe, não vivas tão depressa, </i>que essa história de sermos nós a fazer o nosso caminho é uma treta, são os senhores lá de cima a jogar King connosco, damas e valetes fora quando lhes apetece. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Mãe, não andes tão depressa, </i>que devagar vamos longe e eu não quero ficar para trás.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIWq37NZo_C2ckdhbf81cGAxYEuDY9h67rMLD64W9lV1WBJnjSXYZUBmp4d-wV03jje5c5f-9n6Jq7HKA_SCfc3kO7EZSymk40XAU26TpqQ-gotYwiqgw2lZtAeFD7RPBCj0me8xATk6I/s1600/il_570xN.386182582_a3db.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIWq37NZo_C2ckdhbf81cGAxYEuDY9h67rMLD64W9lV1WBJnjSXYZUBmp4d-wV03jje5c5f-9n6Jq7HKA_SCfc3kO7EZSymk40XAU26TpqQ-gotYwiqgw2lZtAeFD7RPBCj0me8xATk6I/s400/il_570xN.386182582_a3db.jpg" width="235" /></a></div>
<br /></div>
Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-71916678213695009772012-11-14T04:24:00.002-08:002012-11-14T04:25:22.364-08:00Dramas da mulher moderna #2A vida moderna tem essa coisa excitante de nunca sabermos o que nos espera atrás de uma janela de chat intermitente. Naquele dia, ele acreditou que a frieza da tecnologia tinha sido subjugada ao poder divino: no mesmo segundo, partilharam o mesmo link.<br />
<br />
- "É um sinal. Vamos ficar juntos para sempre", disse ele.<br />
- "Não", respondeu ela, cortando-lhe o entusiasmo. "Só quer dizer que recebemos a mesma informação no nosso feed."<br />
<br />
A Internet matou-nos a lamechice.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-58369555965294180132012-05-29T03:33:00.001-07:002012-05-29T03:47:23.086-07:00As pessoas são cidades e nós vivemos nelas.Vi que todos os prédios que construímos já não existem. Pelo menos foram demolidos e não deixados em ruínas. Lembro-me de ter saído pelas escadas de incêndio antes do Dia D. Não quis ficar para assistir - se isso tivesse acontecido, não teria regressado hoje, pela única estrada que resta. Vim de pés descalços à espera de poder pisar alguns estilhaços. Iludi-me; está tudo esterilizado, qual corredor de enfermaria. <br />
<br />
Vou voltar à minha nova morada.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkWJuN1jP4NV2Gxl7SoWBzzilJSPlmltshElUDRt7AorVXVRsvNRsGBrSFMGoZ73aQqrAYq2LS0s47t7xHtcwMpm5Zgru4iAIwPgMwXlS3LQgsOvVv_tzzyT1wANWiAGQcxwjMkF9c2PY/s1600/Old-New-York-531.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="332" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkWJuN1jP4NV2Gxl7SoWBzzilJSPlmltshElUDRt7AorVXVRsvNRsGBrSFMGoZ73aQqrAYq2LS0s47t7xHtcwMpm5Zgru4iAIwPgMwXlS3LQgsOvVv_tzzyT1wANWiAGQcxwjMkF9c2PY/s400/Old-New-York-531.jpg" width="400" /></a></div>Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-9119048970949352702012-04-03T02:56:00.001-07:002012-04-03T03:15:43.101-07:00Desespero pela simplicidade #2É uma coisa universal, essa de querer viver num passado que não é nosso, como se nos tivessem roubado o brinquedo que sempre nos pertenceu. Recriar esse refúgio é um esforço inglório: somos todos filhos do tempo em que crescemos, dessa puta que é a contemporaneidade. E na verdade, só há vontade de escapar ao que já se tem. A minha geração já viu provavelmente mais mundo que qualquer outra e, ainda assim, não saciou aquela eterna sensação de inquietação ("sempre uma inquietação..."), de só estar bem onde não está. Já sabemos que não é defeito, é feitio - e quem é que vai fazer disso um dardo tranquilizador? Também ninguém nos mandou viver na pista sem sabermos ser cavalos de corrida.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRMkuPQYlN8zQK6u96eQ8D2Tr_oRDEjua1nrZH5toEUXQB75SxEhJe1Ql3YsDuNtQE-HcaD_mjsFlmfNuNRjgBzzVWTYnrYTqkWXOCtYsHSNeETDT1sJxtOSBZ5pbU8bLyKrAWAfaGePc/s1600/459164.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRMkuPQYlN8zQK6u96eQ8D2Tr_oRDEjua1nrZH5toEUXQB75SxEhJe1Ql3YsDuNtQE-HcaD_mjsFlmfNuNRjgBzzVWTYnrYTqkWXOCtYsHSNeETDT1sJxtOSBZ5pbU8bLyKrAWAfaGePc/s400/459164.jpeg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-61173138515235935962012-03-20T08:19:00.000-07:002012-03-20T08:35:43.132-07:00Sisters in armsAs manhãs ficam-nos mal, desalinham-nos os cabelos e as disposições. Lavamos a cara, mas o dia continua turvo, de tantos remoinhos a contornar. Os cereais, o sumo de laranja, as tostas mistas - nada disto prepara os estômagos para o quotidiano, boxeur extraordinaire. Desejo-te um bom dia, porque, afinal de contas, os 23 anos ainda namoram a possibilidade das surpresas ao virar da esquina. <br />
<br />
Tentamos descobrir novos atalhos para atravessar o dia, quando o ponteiro aponta para a desmotivação - 03h45 para o regresso à apatia permitida, 01h20 para o sonho do impossível e os projectos a concretizar. Em loop diário, como uma má canção que não nos sai da cabeça.<br />
<br />
Assim vamos riscando os dias no calendário, lado a lado, para evitar tropeçar no mundo.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj72Vc3Ps2clfDSkPoENGO0SAyUcEYQZS4JLlsJBx6GSnAOL1lZ7dd9hOAZilncc69TzxBS4Y2B8js9Cf_h41edPD68x6l8yx02fF9YI9JT53qus2FqsgccrYXZC6MeWn2Rx-J3lNCscOA/s1600/cadbury-factory_1950's+Independent.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj72Vc3Ps2clfDSkPoENGO0SAyUcEYQZS4JLlsJBx6GSnAOL1lZ7dd9hOAZilncc69TzxBS4Y2B8js9Cf_h41edPD68x6l8yx02fF9YI9JT53qus2FqsgccrYXZC6MeWn2Rx-J3lNCscOA/s320/cadbury-factory_1950's+Independent.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-12949835020904967242012-03-08T08:37:00.003-08:002012-03-09T02:33:04.221-08:00It's a rollercoaster, baby.<style>
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<br />
Gostavas das alturas porque só assim deixavas
de te sentir pequena. As pessoas como formigas a enganar a vida com algodão
doce, as luzes como pontos indistintos que tornam tudo menos solitário. Mas,
suspensa a centenas de metros, não tens ninguém que te segure a mão. Não há
drama nenhum nisso; o que mais dói é contar com os outros, estraga-nos a
biologia. Menos de cinco minutos de pausa na realidade, com menos oxigénio a
que estás habituada, quase provando que és sobrehumana - não precisas de O2
para absolutamente nada, és independente com o teu monóxido de insatisfação,
dióxido de sonhos. Não é tempo suficiente para organizar a vida, mas serve para
juntar mais alguns cenários prováveis à equação: um amor, uma cabana, uma
carteira suficientemente pesada, noite de dia e dia de noite, uma agenda
socialmente agitada para esquecer as mágoas. Das viagens não precisas; não
consegues ainda compreender como há quem prefira esvaziar a conta bancária para
atravessar um oceano, quando o pensamento não tem limite de milhas. É lá
preciso conhecer o mundo, quando somos todos iguais? Nojentos similares. Não
podemos com o cheiro uns dos outros no metro no autocarro nos centros
comerciais nos supermercados na segurança social no site das finanças. Toda a
gente odeia toda a gente, favores a cobrar favores a cobrar favores a cobrar
favores a cobrar favores. E para onde queres ir? Para um sítio sem IVA? Escolhe
Marte ou um dos novos planetas a quem ninguém quer dar nome, não vá ser mais
fácil emitir bilhetes de partida. MFGXTSNB G4381010-09Z. Impronunciável destino
de férias permanentes, para o qual já tens malas feitas.<br />
<br />
Voltaste a pisar terra firme, mas já estás na fila para a segunda volta.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span lang="PT"> </span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZKuDwTXTS7Vbz8nop4F5etljS6PUHX8zd5ZUkIT7mwJ-JjQVEHdDDjRFK0TCE73FQzrfx94TcivGKs92xVBwZ1SO8fCGqCGlm9EXTOBmnQdOE5KIsm7vWYPr3tO4EpPHhG2CLa7gA0TQ/s1600/cyclone-rollercoaster-black-and-white.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZKuDwTXTS7Vbz8nop4F5etljS6PUHX8zd5ZUkIT7mwJ-JjQVEHdDDjRFK0TCE73FQzrfx94TcivGKs92xVBwZ1SO8fCGqCGlm9EXTOBmnQdOE5KIsm7vWYPr3tO4EpPHhG2CLa7gA0TQ/s320/cyclone-rollercoaster-black-and-white.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-12095374489737825792012-03-07T06:21:00.001-08:002012-03-07T06:27:29.812-08:00Fome.Estava capaz de comer uma pratada de silêncio agora.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDFrk1xfe-4Wc5vse154lGZe93jNFzB2rYSmFKSmIpFaJjPVByLyGgKjOTXIteV2MFwLTjjdPyI_IQ0SKvBbgRxV8kt-ZDwLXJ1COmTWkYmck44BdZANIY5Rb3AvV8tb3eKEeBtoUWVok/s1600/reciprocalex6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDFrk1xfe-4Wc5vse154lGZe93jNFzB2rYSmFKSmIpFaJjPVByLyGgKjOTXIteV2MFwLTjjdPyI_IQ0SKvBbgRxV8kt-ZDwLXJ1COmTWkYmck44BdZANIY5Rb3AvV8tb3eKEeBtoUWVok/s320/reciprocalex6.jpg" width="320" /></a></div>Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-84611505181698278472012-03-01T06:23:00.001-08:002012-03-01T06:30:24.445-08:00Dá-me um jeitinho, por favor?<style>
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<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT" style="font-family: Calibri; font-size: 11pt;">Quando
admitimos estar condenados a ser eternamente insatisfeitos, sabemos que ainda
nos resta um bocadinho de humanidade. Quero que tenhas saudades minhas não
quero ter saudades tuas quero que tenhas tempo para todas as folhas de jornal
que carregas não quero ter tempo para saber do mundo quero que te entregues a
canções monstruosas não quero ouvir música sem ti quero que encontres mais
recantos para nós não quero perdê-los de vista. Assim, sem vírgulas, porque
sinto tudo sem pausas. Aquela agressividade que me fica tão mal às vezes é a
que me faz agarrar tudo com mais força – agarrar-te com mais força. Pode ser
assim, encore une fois? </span><br />
<br />
<span lang="PT" style="font-family: Calibri; font-size: 11pt;">Com licença, então, que a minha assertividade emocional
vai passar.</span><span lang="PT" style="font-family: Calibri; font-size: 11pt;"> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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</div>Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-9838153067531525662012-02-20T07:22:00.001-08:002012-02-20T07:26:41.785-08:00Dramas da mulher moderna #1Não há terahomens.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4YDPxH8YiSMelmiB3mXcdiMMkWhupURjX73ZO-1hCuNKBbSGmloxNeARbkDzyKYO33ActBQM_ya0E2FcUhmQ69K0Fv70xp1mXsl02mLSsSRoKQSu-V9hwDkgkJZY3aYSMb4bp8-wqMRs/s1600/vintage-secretary.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4YDPxH8YiSMelmiB3mXcdiMMkWhupURjX73ZO-1hCuNKBbSGmloxNeARbkDzyKYO33ActBQM_ya0E2FcUhmQ69K0Fv70xp1mXsl02mLSsSRoKQSu-V9hwDkgkJZY3aYSMb4bp8-wqMRs/s1600/vintage-secretary.jpg" /></a></div>
<br />Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-7187897195424401272012-02-01T07:35:00.001-08:002012-02-01T07:35:09.093-08:00Das nove às cinco."Um dia vou ser florista", anunciou a criatura cheia de si, desesperada por esconder-se entre o rebanho, que das nove às cinco, mais coisa, menos coisa, faz a vidinha para depois ir à vida. A verdadeira, aquela dos prazeres e da ociosidade, a que está para lá da porta número 3, 21, 52, 117 (é favor preencher conforme a sede fiscal da respectiva entidade laboral).<br />
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O mundo está cheio de floristas que ainda não o são, que preenchem o boletim do euromilhões com sonhos e deixam os números cair das algibeiras, no café, no hipermercado, nas contas da água, da luz, do gás, do conforto. O Fado é Património Imaterial da Humanidade e a Sobrevivência é o Pão-Nosso-de-Cada-Dia, o tema de conversa em todas as bocas e a principal causa de morte da cidadania portuguesa.<br />
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"Um dia vou ser florista", repetiu a criatura, engolindo em seco ao seguir o rasto de um avião, por perceber que nunca teria (nem quer ter) coragem de partir. <br />
<br />Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-3272482711679490732011-12-25T14:54:00.000-08:002012-02-01T02:47:00.068-08:00Em inglês soa sempre bem.Zip, zip. Unlock and zip again. Skip to the end of it, to the tears of it, to the victories and defeats of it. Because it all bursts, somehow. And then repeat step one: zip, zip. Zip it all inside, so it doesn’t roth with the world, so it doesn’t get caught up in the moment, so it doesn’t lose its rawness. So it stays true. And yours, just yours. Not everybody else’s. Zip it just before you start dying with it. There’s not enough space for everything you want to keep – so unlock and zip again. And again, and again, and again. And you will marvel at how it never ends.Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-72895349637407608152010-04-18T16:55:00.000-07:002012-02-01T02:47:00.046-08:00Desespero pela simplicidade.Doem-me os olhos de não dormir há mais de 24 horas. Doem-me os olhos que, mesmo abertos, nada captam, como a máquina fotográfica apontada ao mundo sem ninguém que lhe dispare o flash.<br/><br/>É isso: o mundo aqui à minha frente e eu imóvel. Porque sou pequena, porque tenho medo da infinidade de possibilidades, porque não gosto de todas as cores, nem de todos os cheiros, nem de todos os sítios, muito menos de todas as pessoas.<br/><br/>O mundo aqui à minha frente e eu perplexa, porque a minha ambição foi bem educada e, por isso, é humilde.<br/><p style="text-align:right;">Em escuta: <a href="http://www.youtube.com/watch?v=7Xon61c-KNg">"Don't Ask", Grizzly Bear</a></p>Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-70286028447652914892010-01-20T06:05:00.000-08:002012-02-01T02:46:59.991-08:00Coisas de antes.A partir de uma certa altura, a minha história, com mais ou menos personagens, tem sido sempre a mesma: sou a miúda que procura resgatar o mundo que, aparentemente, lhe passou ao lado. Quero viver num cantinho de mundo onde a agressão seja uma coisa mais distante e a alegria de viver seja palpável. Vivo rodeada de gente que, a cada dia que passa, está mais próxima do abismo. Gente que carrega todos os dias no rosto uma insatisfação insuportável por não estar onde gostaria, por não ter o que quer – e, assim, a felicidade é uma coisa “dos outros”.<br/><br/>Hoje, apetece-me chorar por todas essas almas desistentes que decido abandonar.<br/><p style="text-align:center;">*</p><br/>Aproxima-se a altura de fazer as malas novamente e desta vez fá-lo-ei apenas por mim e pela vontade de viver mais do que isto que me tentam impingir. E é por isso que a bagagem será leve; o objectivo é começar do zero, desenhar o meu próprio esboço e dar-lhe forma depois, com todos os lápis de altos e baixos que for comprando pelo caminho.<br/><br/>Está quase na hora – não sei se quero uma anestesia ou se quero sentir tudo.Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-39906500913117723162010-01-03T12:10:00.000-08:002012-02-01T02:46:59.980-08:00Caring is Creepy...... Ou o mood de hoje, cortesia dos The Shins.Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-50978395244443372832009-12-02T08:00:00.000-08:002012-02-01T02:46:59.936-08:00He said, she said...Visto no perfil do Facebook de alguém que viu o mesmo no Twitter de outro alguém:<br/><h3>"90 people get Swine Flu and everybody wants to wear a mask. A million people have AIDS and nobody wants to wear a condom."</h3>Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-4273879388914431042009-10-23T04:50:00.000-07:002012-02-01T02:46:59.883-08:00Compasso de espera.Este é um dia sem forças para me agarrar. É um dia sem abraços de boas vindas, sem calorosas recepções, sem palmadinhas nas costas, sem um sinal de agradecimento, sem grandes promessas, sem grandes descansos, sem grande coisa. Este é um dia à espera de acabar, à espera de se apagar, à espera de extinção. E por isso a música é solene, quase fúnebre, anunciando a despedida de uma jornada que ainda agora mal começou - "<em>this is the longest goodbye</em>".<br/><br/>E, apesar de tudo, não são estes os dias que nos reservam as maiores surpresas, os maiores sorrisos, os momentos que ficam para sempre?<br/><br/>Este é um dia sem forças para me agarrar. Hoje, vou ser eu a agarrá-lo.<br/><p style="text-align:right;"><em>* em escuta:</em></p><br/><p style="text-align:right;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=bC0ZASAdQUA">Bones and Bottles (Shade & Sympathy), Califone</a></p>Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-76201417503151167142009-09-30T12:55:00.000-07:002012-02-01T02:46:59.863-08:00Entre as duas da manhã e os minutos seguintes.Sentir que, no presente, vi o passado - ou o futuro de um passado. É dizer olá a quem já se disse adeus, é cumprimentar alguém de quem já nos despedimos. Tento decifrar a melhor das opções: ou deixar ir ou agarrar o que tenho, enquanto o tenho. É o meu eterno dilema e sempre será. E é sempre nestas alturas que vejo umas escadas mesmo à minha frente, convidando-me a saltar, a correr, a fugir. Mas fugir de quê? Do que quero ter mas tenho medo de perder? Que absurdo é esse?<br/><br/>Comigo, todos os absurdos são possíveis (<em>e se a vida é a mãe de todos os absurdos, então estou no sítio certo, à hora certa</em>).Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-63857649016097571642009-09-11T05:17:00.000-07:002012-02-01T02:46:59.837-08:00Crise de (quase) meia-estação.As luzes fogem-te dos olhos, os sons parecem chegar até ti nos decibéis errados. Vês gente a chegar e a partir como estrelas cadentes, e ela dá passos de bébé em direcção à cidade - tu já estiveste no lugar dela, pensas.<br/>Sorris, mas rezas secretamente. E não sabes se é por ela, ou por ti.Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-42124022847813690912009-08-03T06:31:00.000-07:002012-02-01T02:46:59.818-08:00Mudar de ares.Fui ali e já venho. Pode ser que nos vejamos por lá.Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-17523005318179880292009-07-15T13:23:00.000-07:002012-02-01T02:46:59.809-08:00O desconhecido é um apeadeiro.E o comboio continua em andamento... <br/>Gosto pouco de paragens frequentes - quebram o ritmo e, até, a paisagem. Mas, amanhã, vou sair na próxima estação. Não sei o que me espera e foi isso que me fez parar. A viagem é minha e só minha, mas gosto da tua companhia. Vai ficando; eu não me importo. Quando partires, mando-te postais.Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-35971610153593280482009-05-12T15:24:00.000-07:002012-02-01T02:46:59.759-08:00Ornithology.Dado que dormir tem estado difícil, também os bilhetes de ida para o subconsciente estão, de momento, esgotados. Agora estou numa de sonhar de olhos bem abertos. Vejo-me estupidamente feliz, com um sorriso que dói de tão permanente, respirando com o mesmo prazer que me daria viver para sempre - e é nisso que estou a acreditar; porque nenhuma criança concebe a morte, sou imortal. Sobrevôo, assim, toda a falibilidade das coisas materiais, assumindo a obscena leveza da alma que sou, imune a qualquer corrente. Sou o Jazz, danço o Samba, canto a Bossa Nova e expiro a Soul num <em>Rhythm'n'Blues</em> muito meu, muito Indie. Despeço-me de todos os menores que conheci até hoje - agora, existo no acorde maior do mundo. Cruzo-me com outros tantos pássaros que me sorriem, reconhecendo-me, inequivocamente, como uma deles. Faço, finalmente, parte do bando, a única colectividade onde a minha total individualidade é possível, onde o que não fui e o que poderia vir a ser é insignificante ao ponto de me fazer explodir numa gargalhada: o que nos prende ao solo não é a lei da gravidade, mas sim a imbecilidade de todas as vãs preocupações da Humanidade. Foi essa a lição que me ofereceste, e eu decidi dar o salto - nem grande, nem pequeno; definitivo. Abracei moderadamente a imoderação do derradeiro sonho da liberdade, a fuga sem destino planeado, a vontade nula de olhar para trás. Ter-te por perto. <br/><br/>(<em>Um dia que decidas poisar noutros parapeitos, terei a nossa fotografia a sépia</em>.)Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-22857296341163025892009-02-14T10:16:00.000-08:002012-02-01T02:46:59.694-08:00Sexta-feira 13.Alfama, ao final da tarde, a cheirar a roupa lavada e ao desprendimento dos putos que só querem jogar à bola. Dá gosto saber que ainda existem lugares, no coração da cidade, onde não é um atrevimento deixar a porta aberta ou a janela (pondo as vidas) a descoberto. Os gatos, com ou sem coleira, não têm donos - pertencem à vizinhança e não são esquivos; querem sopas e descanso, como toda a gente. <br/><br/>É difícil deixar um sítio assim, onde ainda sobrevive o que há de mais típico em Lisboa. Não é o Fado que se ouve numa aparelhagem de restaurante "para inglês ver"; são as partidas de dominó inacabadas numa tasca e todas as desgarradas que brotam dos cálices de vinho a 50 cêntimos. É o cheiro da caldeirada acabada de fazer ou da fruta da mercearia. São as senhoras que saem à rua de xaile e chinelos, nem por isso menos bem postas, mas muito mais aconchegadas - na cidade e na vida. <br/><br/>Não, não foi um dia de azar.Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-20773054005838370872009-01-25T11:05:00.000-08:002012-02-01T02:46:59.622-08:00Birra.A minha irmã de sete anos faz birras quando não compreende alguma coisa. Amua, fecha a porta com força, cruza os braços e fica imóvel, como que esperando a chegada de uma resposta.<br/><br/>Eu tenho um problema parecido; se há coisa que me atormenta, mais do que o desconhecido, é o incompreensível, o inexplicável. E, assim, também eu me largo à imobilidade, mas já nada espero porque sei que a existência das coisas que nos transcendem é mais verdadeira que qualquer birra que eu faça.<br/><br/>No entanto, escrevo. Vou batendo nas teclas a tentar acompanhar o ritmo alucinante do pensamento - mas o pensamento ganha sempre. Será a falta de palavras exactas?<br/><br/><!--[if gte mso 9]> Normal 0 21 false false false PT X-NONE X-NONE MicrosoftInternetExplorer4 <![endif]--><!--[if gte mso 9]> <![endif]--><br/><br/>O problema não é faltarem palavras. O problema é saber por onde começar.Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7286891115347327110.post-57362026093019303932009-01-12T13:55:00.000-08:002012-02-01T02:46:59.589-08:00Kundera escreveu-me dois parágrafos:<blockquote>Como explicar esta falta de segurança perante a amante? Não tinha razão nenhuma para duvidar a tal ponto de si próprio! (...) Então porque é que pensava todos os dias que a amiga ia deixá-lo?</blockquote><br/><blockquote>Só posso explicá-lo dizendo que o amor estava para ele, não no prolongamento, mas nos antípodas da sua vida pública. O amor era para ele o desejo de abandonar-se ao arbítrio e à mercê do outro. Quem se entrega ao outro como um soldado se deixa fazer prisioneiro tem de despojar-se previamente de todas as armas. Vendo-se sem defesas, não pode coibir-se de estar sempre a pensar no momento em que o golpe fatal será dado. Posso portanto dizer que, para Franz, amar era estar constantemente à espera do golpe que iria atingi-lo a qualquer minuto.</blockquote><br/><p style="text-align:right;"><em>in </em><strong>"A Insustentável Leveza do Ser"</strong></p><br/><p style="text-align:left;">(Franz podia ser uma mulher chamada Débora)</p>Débora Cambéhttp://www.blogger.com/profile/04593068326764996903noreply@blogger.com3